quarta-feira, agosto 11, 2004

Sobre o Amor...


Milhões de pessoas continuam crianças por toda a vida; elas jamais crescem. Crescem em idade mas nunca em mentalidade; sua psicologia permanece pueril, imatura. Estão sempre precisando de amor, estão sempre ansiando por ele como por comida.

Como pode uma necessidade ser amor? O amor é um luxo. É abundância. É ter tanta vida, que você não sabe o que fazer com ela; assim, você a partilha. É ter tantas canções no coração que você tem de cantá-las - se alguém ouve, não importa.

O que acontece quando uma flor floresce numa floresta densa sem ninguém para apreciar isso, ninguém para tomar conhecimento de sua fragrância, ninguém para passar e dizer 'que bela!', ninguém para sentir-lhe a beleza, a alegria, ninguém para partilhar - o que acontece à flor? Morre? Sofre? Fica apavorada? Comete suicídio? Ela continua a florescer, simplesmente continua a florescer. Não faz nenhuma diferença se alguém passa ou não; isso é irrelevante. Ela continua espalhando sua fragrância aos ventos. Continua a oferecer sua alegria a Deus, ao todo.

Se eu estiver sozinho, então também eu serei tão amável quando sou quando estou com você. Não é você que está criando o meu amor. Se você estivesse criando o meu amor, então, naturalmente, quando você se fosse, meu amor também haveria de ir-se. Você não está tirando o meu amor de mim; eu é que estou derramando amor sobre você - esse é o 'amor-dádiva', é o 'amor-ser'.


Osho


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