quinta-feira, julho 15, 2004

Somente por hoje, tenha coragem de ser feliz!

Você já percebeu como temos o costume de reclamar, e de levar tudo muito a sério? Quase sem perceber estamos reclamando de alguém, alguma coisa, ou estamos preocupados com algum fato ou problema.

Também pudera! Quando lemos o jornal, ou assistimos a um noticiário pela televisão, nos sentimos impotentes, inseguros, tolhidos, diante de tanta contradição e complexidade povoando nosso planeta terra.

O que podemos fazer para promover alguma mudança? Parece impossível conceber ou desempenhar tal tarefa.

Mas nós podemos! E este é o momento certo para pôr em ação nossa responsabilidade global. "Responsabilidade que começa em casa..." diz Mirna Grzich, "...com nós mesmos".

Portanto, mãos à obra. Vamos começar limpando nosso coração, nossos pensamentos, assim como limpamos nossa casa, nossas roupas, nossa louça, nosso corpo. Deixando realmente sair o que não serve, limpando e sacudindo a poeira da energia estagnada, esgotada, que está ali, só para impedir que a gente mude.

Nosso pensamento é nosso comportamento, portanto somos o que pensamos. Vamos então pensar com clareza e limpeza, prestando atenção no poder de nossas palavras e pensamentos, filtrando aquilo que ouvimos, lemos, assistimos, cultivando nosso silêncio interior, repousando nossa mente.

Como diz Sônia Hirsch, "caminhos limpos por dentro, caminhos livres para fora". Deixando sair a verdadeira alegria que vem de dentro e é incondicional. Experimente rir de si mesmo, em alguma circunstância séria.

A melhor maneira de mudar a nós próprios é não nos levar demasiado a sério, causando dor e sofrimento desnecessários. O riso nos ajuda a olhar para a nossa própria vida de uma perspectiva nova e estimulante. O riso muda a freqüência de nossas preocupações.

Sobrecarregados por nossas preocupações, perseguidos por culpas, limitamos a intensidade das emoções agradáveis de tal forma que raramente nos sentimos felizes.

Programamos nossa felicidade para quando "isto" ou "aquilo" acontecer, como diz Roberto Shiniashik, não aproveitando a oportunidade diária que a vida nos dá, "de ser feliz", de "viver feliz" no momento presente, sem nenhuma razão aparente. Simplesmente ser livremente feliz, livre das circunstancias, livre do apego, das idéias fixas, dos modelos rígidos, entregando-se ao fluxo do universo, sem opor resistência aos fatos, aos problemas. Fluindo com a vida, o presente e deixando a própria energia fluir e moldar nosso modo de ser.

Nossa vida é cheia de resistências. Quando resistimos, sentimos dor, e a manutenção da nossa resistência é custosa, trabalhosa, ocupando quase toda nossa energia. Aí vem o cansaço, o estresse, por querer controlar a vida e insistir para que as coisas aconteçam exatamente como a gente quer.

Quando resistimos ao fluxo natural da verdade, a realidade, tencionamos corpo e mente, gastamos nosso tempo com preocupações, impedindo que nossa energia criativa encontre as soluções.

Quando cedemos, permitimos que nossa vontade, nossa força interior se manifeste, livrando-nos do passado, da culpa, do arrependimento, das críticas, das comparações, dos julgamentos e da preocupação com o amanhã que ainda não chegou.

Nossa vida é refeita aqui e agora. Nos sentimos livres para viver com felicidade no tempo presente, para perceber que dentro de nós há um contentamento incondicional, uma alegria eterna, divina.

A qualquer momento podemos ser felizes. A qualquer momento podemos praticar o amor, o bom humor, a fraternidade, a leveza de ser e a alegria.

A qualquer momento podemos prestar mais atenção em nós, amando-nos mais, reprogramando nosso jeito de pensar e viver a vida, aproximando-nos do nosso verdadeiro propósito, do que realmente somos. Aproximando-nos uns dos outros, da vida em todas as suas formas. Vivendo no agora, bem acordados, toda a excelência de ser humano, num verdadeiro estado de graça, sem vergonha de ser feliz!

Experimente! Agora! Já.


Maria Cristina Cintra


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