sexta-feira, setembro 26, 2003

Quem acuso? Não acuso ninguém ou se calhar acuso-me a mim próprio.

Costuma dizer-se que quando a culpa é de todos, então não é de ninguém. Boa desculpa esta!

Hoje vou contar-vos uma pequena história.

Já lá vão uns anitos, estava então em princí­pio de carreira, cheio de vontade de fazer coisas novas e de contribuir para a revoluçãop mundial. Se o primeiro desejo se mantêm ainda vivo, já não posso dizer o mesmo em relação ao segundo, pois já não acredito que a revolução, no estreito significado da palavra seja fruto de uma geração e, só por coincidência, faremos parte dessa revolução. O que quero dizer é que tenho consciência de que não fui parte integrante de nenhuma revolução, mas de que participei em diversas mutações da Humanidade que irão conduzir inevitavelmente à  grande Revolução que abrirá novos horizontes para este planeta perdido. Mas deixemo-nos de filosofias baratas.

Retomemos o fio à  meada. Espantado com os erros que eram dados pelos meus alunos comecei a recolhê-los, os quais comentados entre amigos, proporcionaram algumas noites de gande galhofa. Eis senão quando, de visita a uma livraria dou de caras com, não sei se em 1ª ou 2ª edição, um livro intitulado "História de Portugal em Disparates", de Luí­s de Mascarenhas Gaivão.

Ora cá­ estava mais uma prova de que Deus não existia, então eu já tinha plantado uma árvore, já tinha feito um filho e agora que estava prestes a escrever um livro acontecia-me isto? Não, se dúvidas existissem tinham ficado totalmente dissipadas. Deus não existia! Deus não existe!

A vontade de continuar a recolher estes textos foi esmorecendo, a rapidez necessária para corrigir os testes cada vez dificultavam mais essa tarefa e, durante alguns anos, abandonei aquele propósito.

A constante mudança de localidade onde dava aulas, de norte para sul e de sul para norte ou do interior para o litoral e vice-versa fizeram com essas primeiras recolhas se perdessem.

Acerca de uns seis anos retomei, estão, esta árdua tarefa, nem sempre com a regularidade desejada, mas sempre fui fazendo algumas recolhas.

São estas recolhas que vos disponibilizo no link abaixo indicado, cuja nota prévia vos esclarece do modo como foram/são compilados os dados.

Para vosso e meu divertimento, mas sobretudo para nossa reflexão, aqui vos deixo a minha, isto é, deles, HISTÓRIA EM DISPARATES


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