sexta-feira, outubro 03, 2003

ACUSO O MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, MARTINS DA CRUZ DE NEPOTISMO E, EM CONJUNTO, DIRECTA OU INDIRECTAMENTE, COM O MINISTRO DA CIÊNCIA E ENSINO SUPERIOR PEDRO LYNCE, DE ABUSO DO PODER!

Se as notícias que começaram a correr ontem são verdadeiras de facto a acusação que serve de título a este post é mais do que justificada.

É incompreensível que um qualquer ministro de um Governo que exige tantos sacrifícios aos cidadão seja capaz de procurar facilidades para sua família, neste caso a filha.

É incompreensível que um qualquer ministro peça uma excepção para si a uma situação que é excepcional.

É ainda mais incompreensível, porque a principal vítima é, sem sombra de dúvida, a sua própria filha, que de certeza dispensava este atentado à sua própria dignidade.

É incompreensível que o caso que levou à demissão do anterior ministro das cidades e ex-autarca de Oeiras, Isaltino Morais, continue sem esclarecimento. Afinal a quem pertence o dinheiro depositado nos bancos Suiços a si ou ao seu pobre sobrinho?

Meus senhores a ditadura em Portugal acabou em 25 de Abril de 1974! Por isso o que se faz sabe-se.

Como não tenho que ser politicamente correcto esta atitude para além de política e eticamente condenável é estúpida. Estúpida porque, segundo parece, a filho do ministro nem sequer precisava de favores porque aparentemente tinha média necessária para entrar no ensino superior e portanto acabou por arranjar uma situação de favorecimento para a filha. Porquê? Além de vitimizar a filha, o senhor ministro na companhia do ministro do ensino superior, ainda colocou o seu Governo numa situação desconfortável por motivos pessoais e fúteis.

Como é possível obrigar os cidadãos a respeitar a lei quando o exemplo de alguns dos membros do Governo (o que o compromete se não reagir) é desrespeitador da própria lei.

Urge um rápido esclarecimento por parte dos visados e, Senhores Ministros, assumam as suas próprias responsabilidades. As figuras públicas e em particular os políticos não podem deixar de ser julgados politicamente pelos seus concidadãos.


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