quinta-feira, outubro 09, 2003

PAULO PEDROSO

Estranho tanto alarido com a recente libertação (da prisão preventiva entenda-se) de Paulo Pedroso.

Pouco foi alterado o sr. deputado continua arguido no caso "Pedofilia" e portanto, agora como antes, continua presumível inocente. Só o julgamento dirá se Paulo Pedroso é de facto inocente ou culpado.

Dispensava-se o show dos média, e do próprio arguido, pois corre-se o risco de alguém estar a dar um tiro no pé. Há que manter a serenidade e o bom senso, esperar pelo levantamento do segredo de justiça e, sobretudo pelo julgamento.

Até aqui tudo tem decorrido dentro da normalidade, os juízes estão a actuar dentro das suas competências e decidiram de acordo com o direito que qualquer arguido tem de ver analisado por um tribunal superior uma decisão tomada por um tribunal de 1.ª instância, decisão essa que pode ser, ou não, concordante a da 1.ª instância. É também desta forma que se vê a independência dos juizes e se corrigem, se for caso disso, decisões tomadas de forma errada. A nós cidadãos compete-nos ser exigentes quanto à celeridade dos processos e ao cumprimento da justiça.

Pois que justiça seja feita: que os culpados sejam condenados e os inocentes inocentados, mas com celeridade.

Pede-se que no fim deste, como de outros processos, se colham ensinamentos e que se mude o que há a mudar para bem da justiça para todos.

Que este fait divers não sirva para tirar a atenção deste, como de outros processos mediáticos: o caso Moderna, o caso Fátima Felgueiras , o caso Isaltino Morais e outros.


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