sábado, janeiro 17, 2004

APARTHEID EDUCATIVO


O Barnabé publicou recentemente um artigo com este mesmo título. O seu autor adverte que os dados fornecidos resultam de um inquérito levado a cabo pelo Educare sejam uma simples amostragem provavelmente sem rigor científico, além de que o site é público e, por isso, qualquer pessoa pode votar, o que invalida que possa ser considerado uma amostragem de opinião dos professores sobre este assunto..

No entanto só o facto de 41% dos inquiridos acharem que os alunos com necessidades educativas especiais devem ser enviados para escolas especiais é assustador.

Fui agora mesmo verificar o resultado das respostas, tendo aproveitado para votar e, quando não é o meu espanto, o número dos segregacionistas subiu para 44% e mais espantado fiquei quando verifiquei que 2% não têm opinião...

As condições de trabalho, as escolas, os auxiliares de acção educativa, o meio sócio-económico a que pertencem os alunos, a preparação e empenho dos professores, o auxílio prestado pelos pais e encarregados de educação, os meios de que dispõe a escola, etc., etc., dão origem a uma das mais stressantes e simultaneamente desgastantes profissões.

Mas será que tudo isto justifica tal percentagem? A mim parece-me que não, mas pelo menos lançou o alerta para a necessidade de um estudo mais profundo.

Paralelamente, ou por causa deste artigo, gerou-se alguma polémica na secção de comentários, que também vale a pena ser lida e analisada embora no início houvesse alguma confusão entre o que são alunos com necessidades educativas especiais e alunos deficientes e eu acrescento os sobredotados e os ditos normais.

Termino apelando a que este debate não fique por aqui e se tente aprofundar mais a questão.


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