terça-feira, setembro 30, 2003

MEU EU . . .

"Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites.
Mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe.
Desejais conhecer em palavras aquilo que sempre conhecestes em pensamento.
Quereis tocar com os dedos o corpo de vossos sonhos.
E é bom que o desejeis.
A fonte secreta de vossa alma precisa brotar e correr, murmurando, para o mar;
E o tesouro de vossoas profundezas ilimitadas precisa revelar-se a vossos olhos.
Mas não useis balanças de pesar vossos tesouros desconhecidos;
E não procureis as profundidades de vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda.
Porque o Eu é um mar sem limites e sem medidas."

GIBRAN KHALIL GIBRAN

colocado por Isa


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segunda-feira, setembro 29, 2003

QUE HORROR! UMA COISA VERDE!



colocado por F'Santos


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ACUSO OS CIDADÃOS DO PORTO DE ESTAREM ADORMECIDOS

Como é possível que a Câmara do Porto desde o Eng. Cardoso ao Dr. Rio tenham aprovado a construção do elefante branco por trás da Casa da Música.

Que o Eng. Cardoso sofre de falta de ar, já toda a gente sabe que o Dr. Rio pense que as águas que correm apaguem a memória, também já sabíamos, agora que os cidadãos da mui nobre e invicta cidade do Porto tenham estado ausentes é que é incompreensível. Será que vamos ter mais um caso idêntico ao do Bom Sucesso cujo edifício, que desde sempre violou o PDM (tinha-me esquecido do Dr. Gomes, obrigado Dr. Gomes, o Sr. devia praticar slaloon olímpico, pois é um autêntico campeão), só agora, passados oito anos, repito, oito anos da sua construção foi mandado demolir por ordem judicial e ninguém o vai demolir porque não há dinheiro? Será que vamos passar novamente por mais esta vergonha?

E os cidadãos estão à espera de quê? Que se acabe a obra emblemática da Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura? Já estamos quase no fim de 2003, a Porto 2001 já lá vai e a casa da Música continua a por acabar.

Até quando tanta incompetência, o que fazem os excelentíssimos Srs. vereadores da Câmara? Porque motivo mantêm o actual presidente? Porque motivo se mantêm os senhores nos cargos que ocupam? Então Sr. Rui Sá lembra-se dos tempos da ditadura quando da inauguração da ponte da Arrábida, quando alguém a propósito da visita de Salazar à ponte publicou num jornal da cidade um cartoon com a célebre frase: "– Podia empurrá-lo?". É verdade que sofreu as consequências da ditadura, mas mostrou que tinha coluna vertebral. Sr. Dr. Eng. (eu sei lá que mais) Rui Sá agora nem é preciso grande coragem, basta ser cidadão. Preste um serviço à cidade despolua o Rio, esse e já agora aproveite o balanço e faça alguma coisa pelo Douro também.


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NOVO COLABORADOR - II

A partir de hoje contamos com mais um membro, o caricaturista e cartoonista F'Santos. Como o F'Santos tem uma qualquer incompatibilidade com a internet serei eu a publicar os seus cartoons enquanto ele não resolver esse diferendo.

O ESTILO DE VIDA AMERICANO



colocado por F'Santos


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CONVERSA ENTRE PAI E FILHO, ANTES DO ADORMECER, NUMA CIDADE NORTE-AMERICANA

NOTA: Este texto foi-me enviado hoje por um amigo. Não o conhecia, mas provavelmente já anda a inundar a caixa de correio de todos nós. Resolvi publicá-lo porque é revelador da hipocrisia da administração americana. Não sou anti-americano e muito menos primário, mas considero que a sociedade americana é uma das mais manipuladas a ní­vel mundial (quem leu Orwell deve ter percebido que existiam dois "Big Brother" aquele puro e duro e o outro mais sofisticado), por isso não posso ser anti-americano, porque não posso ser anti-manipulados, mas sim anti-manipuladores o que, como é evidente não é sinónimo de anti-americanismo. Também convém afirmar que não pretendo desculpabilizar ninguém nem nenhum fundamentalismo ou ditadura, mas somente aproveitar para denunciar a hipocrisia e a dualidade de critério. Até parece que voltamos aos princí­pios defendidos pelo "Prí­ncipe" de Maquiavel: os fins justificam os meios.

Filho: Paizinho, porque é que tivemos que atacar o Iraque?
Pai: Porque eles tinham armas de destruição em massa, filho.
F: Mas os inspectores não encontraram nenhumas armas de destruição em massa.
P: Isso é porque os iraquianos as esconderam.
F: E porque é que nós invadimos o Iraque?
P: Bom, as invasões funcionam sempre melhor que as inspecções.
F: Mas depois de os termos invadido, ainda não encontrámos nenhumas armas, pois não?
P: Isso é porque as armas estão muito bem escondidas. Mas deixa lá, haveremos de encontrar alguma coisa, provavelmente antes mesmo das próximas eleições.
F: Para que é que o Iraque queria todas aquelas armas de destruição em massa?
P: Para as usar numa guerra, claro.
F: Estou confuso. Se eles tinham todas aquelas armas e planeavam usá-las numa guerra, então porque é que não usaram nenhuma quando os atacámos?
P: Bem, obviamente não queriam que ninguém soubesse que eles tinham aquelas armas, por isso eles escolheram morrer aos milhares em vez de se defenderem.
F: Isso não faz sentido, paizinho. Porque é que eles haveriam de escolher morrer se tinham todas aquelas armas poderosas para lutar contra nós?
P: É uma cultura diferente. Não é suposto fazer sentido.
F: Não sei o que é que tu achas, paizinho, mas não me parece que eles tivessem quaisquer daquelas armas que o nosso governo dizia que eles tinham.
P: Bom, sabes, não interessa se eles tinham ou não aquelas armas. De qualquer modo nós tí­nhamos outra boa razão para os invadir.
F: E qual era?
P: Mesmo que o Iraque não tivesse armas de destruição em massa, Saddam Hussein era um cruel ditador, o que é outra boa razão para invadir outro paí­s.
F: Porquê? O que é que um ditador cruel faz para que seja correcto invadir o seu paí­s?
P: Bom, pelo menos uma coisa, ele torturava o seu próprio povo.
F: Assim como fazem na China?
P: Não compares a China com o Iraque. A China é um bom parceiro económico, onde milhões de pessoas trabalham por salários de miséria, em condições miseráveis, para tornar as empresas norte-americanas mais ricas.
F: Então, se um paí­s deixa que o seu povo seja explorado para o lucro das empresas americanas, é um bom paí­s, mesmo se esse paí­s tortura o povo?
P: Certo.
F: Porque é que o povo no Iraque era torturado?
P: Por crimes polí­ticos, principalmente, tais como criticar o governo. As pessoas que criticavam o governo no Iraque eram presas e torturadas.
F: Não é isso exactamente o que acontece na China?
P: Já te disse, a China é diferente.
F: Qual é a diferençaa entre a China e o Iraque?
P: Bom, pelo menos uma coisa, o Iraque era governado pelo partido BAAS enquanto que a China é comunista.
F: Não me tinhas dito uma vez que os comunistas eram maus?
P: Não; só os comunistas cubanos são maus.
F: Porque é que os comunistas cubanos são maus?
P: Bom, pelo menos uma coisa, as pessoas que criticam o governo em Cuba são presas e torturadas.
F: Como no Iraque?
P: Exactamente.
F: E como na China, também?
P: Já te disse, a China é um bom parceiro económico. Cuba, por outro lado, não é.
F: Porque é que Cuba não é um bom parceiro económico?
P: Bem, é assim, no princí­pio dos anos 60, o nosso governo fez umas leis que tornaram ilegal que os norte-americanos tivessem trocas comerciais ou outros negócios com Cuba, até que eles deixassem de ser comunistas e começassem a ser capitalistas como nós.
F: Mas se nós acabássemos com essas leis, abríssemos o comércio com Cuba, e começássemos a fazer negócios com eles, isso não ajudaria os cubanos a tornarem-se capitalistas?
P: Não te armes em chico-esperto.
F: Eu acho que não sou.
P: Bom, de qualquer modo, também não há liberdade de religião em Cuba.
F:Assim como na China, com o movimento Falun Gong?
P: Já te disse, deixa-te de dizer mal da China. De qualquer maneira, Saddam Hussein chegou ao poder através de um golpe militar, por isso ele não era realmente um lí­der legí­timo.
F: O que é um golpe militar, paizinho?
P: É quando um general toma conta do governo de um paí­s pela força, em vez de eleições livres como nós temos nos Estados Unidos.
F: O lí­der do Paquistão não chegou ao poder através de um golpe militar?
P: Referes-te ao General Pervez Musharraf? Uhm, ah, sim, foi; mas o Paquistão é nosso amigo.
F: Como é que o Paquistão é nosso amigo se o seu lí­der é ilegítimo?
P: Eu nunca disse que Pervez Musharraf era ilegí­timo.
F: Não acabaste de dizer que um general que chega ao poder pela força, derrubando o governo legí­timo de uma nação, é um lí­der ilegí­timo?
P: Só Saddam Hussein. Pervez Musharraf é nosso amigo, porque ele nos ajudou a invadir o Afeganistão.
F: Porque é que nós invadimos o Afeganistão?
P: Por causa do que eles nos fizeram no 11 de Setembro.
F: O que é que o Afeganistão nos fez no 11 de Setembro?
P: Bem, em 11 de Setembro de 2001, dezanove homens, quinze dos quais da Arábia Saudita, desviaram quatro aviões e lançaram três contra edifícios, matando mais de 3000 norte-americanos.
F: Então, onde é que o Afeganistão entra nisso tudo?
P: O Afeganistão foi onde esses homens maus foram treinados, sob o regime opressivo dos Taliban.
F: Os Taliban não são aqueles maus radicais islâmicos que cortam as cabeças e as mãos das pessoas?
P: Sim, são esses exactamente. Não só cortavam as cabeças e as mãos das pessoas, como também oprimiam as mulheres.
F: Mas o governo de Bush não deu aos Taliban 43 milhões de dólares em Maio de 2001?
P: Sim, mas esse dinheiro foi uma recompensa porque eles fizeram um bom trabalho na luta contra as drogas.
F: Na luta contra as drogas?
P: Sim, os Taliban ajudaram muito, para obrigar as pessoas a deixarem de cultivar papoilas de ópio.
F: Como é que eles fizeram tão bom trabalho?
P: É simples. Se as pessoas fossem apanhadas a cultivar papoilas de ópio, os Taliban cortavam-lhes as mãos e as cabeças.
F: Então, quando os Taliban cortavam as cabeças e as mãos das pessoas que cultivavam flores, isso estava certo, mas não se eles cortavam as cabeças e as mãos por outras razões?
P: Sim. Nós achamos bem se os radicais fundamentalistas islâmicos cortam as mãos das pessoas por cultivarem flores, mas achamos cruel que eles cortem as mãos das pessoas por roubar pão.
F: Mas na Arábia Saudita eles não cortam também as mãos e as cabeças das pessoas?
P: Isso é diferente. O Afeganistão era governado por um patriarcado tirânico que oprimia as mulheres e as obrigava a usar burqas sempre que elas estivessem em público, e as que não cumprissem eram condenadas à  morte por apedrejamento.
F: Mas as mulheres na Arábia Saudita não têm também que usar burqas em público?
P: Não, as mulheres sauditas simplesmente usam uma vestimenta islâmica tradicional.
F: Qual é a diferença?
P: A vestimenta islâmica tradicional usada pelas mulheres sauditas é uma roupa modesta mas em moda que cobre todo o corpo da mulher excepto os olhos e os dedos. A burqa das afegãs, por outro lado, é um instrumento maligno da opressão patriarcal que cobre todo o corpo da mulher excepto os olhos e os dedos.
F: Parece-me a mesma coisa com um nome diferente.
P: Bom, não vais agora comparar o Afeganistão com a Arábia Saudita. Os sauditas são nossos amigos.
F: Mas parece-me que disseste que 15 dos 19 piratas do ar do 11 de Setembro eram da Arábia Saudita.
P: Sim, mas foram treinados no Afeganistão.
F: Quem é que os treinou?
P: Um homem muito mau, chamado Osama Bin Laden.
F: Ele era do Afeganistão?
P: Aahh, não, ele era também da Arábia Saudita. Mas era um homem mau, um homem muito mau.
F: Se bem me lembro, ele já tinha sido nosso amigo.
P: Só quando nós o ajudámos e aos mujahadin a repelir a invasão soviética do Afeganistão nos anos 80.
F: Quem são os soviéticos? Não era o Império do Mal, comunista, que Ronald Reagan falava?
P: Já não há soviéticos. A União Soviética acabou em 1990, ou mais ou menos, e agora eles têm eleições e capitalismo como nós. Agora chamamos-lhes russos.
F: Então os soviéticos, quero dizer, os russos, agora são nossos amigos?
P: Bem, não efectivamente. Sabes, eles foram nossos amigos durante uns anos quando deixaram de ser soviéticos, mas depois decidiram não nos apoiar na invasão do Iraque, por isso agora estamos aborrecidos com eles. Também estamos aborrecidos com os franceses e os alemães porque eles também não nos ajudaram a invadir o Iraque.
F: Então os franceses e os alemães também são maus?
P: Não completamente, mas suficientemente maus para termos mudado o nome das French Fries (batatas fritas) e das French Toasts para Freedom Fries (batatas da liberdade) e Freedom Toasts.
F: Nós mudamos sempre os nomes à comida quando outro paí­s não faz o que nós queremos?
P: Não, isso é só com os nossos amigos. Os inimigos invadimo-los.
F: Mas o Iraque não foi um dos nossos amigos nos anos 80?
P: Bem, sim. Durante algum tempo.
F: Saddam Hussein não era então o lí­der do Iraque?
P: Sim, mas nessa altura ele estava em guerra contra o Irão, o que fez dele nosso amigo, temporariamente.
F: Porque é que isso fez dele nosso amigo?
P: Porque nessa altura o Irão era nosso inimigo.
F: Isso não foi quando ele lançou gás contra os curdos?
P: Sim, mas como ele estava em guerra contra o Irão, nós olhámos para o lado, para lhe mostrar que éramos seus amigos.
F: Então, quem lutar contra um dos nossos inimigos torna-se automaticamente nosso amigo?
P: A maior parte das vezes sim.
F: E quando alguém luta contra um dos nossos amigos torna-se automaticamente nosso inimigo?
P: Às vezes isso é verdade, também. Porém, se as empresas americanas poderem lucrar vendendo armas a ambos os lados ao mesmo tempo, tanto melhor.
F: Porquê?
P: Porque a guerra é boa para a economia, o que significa que a guerra é boa para a América. Além disso, visto que Deus está do lado da América, quem se opõe à guerra é um ateu, anti-americano, comunista. Percebes agora porque é que atacámos o Iraque?
F: Acho que sim. Nós atacámos porque era a vontade de Deus, certo?
P: Sim.
F: Mas como é que nós sabí­amos que Deus queria que atacássemos o Iraque?
P: Bem, está¡s a ver, Deus fala pessoalmente com George W. Bush e diz-lhe o que deve fazer.
F: Então, basicamente, estás a dizer que atacámos o Iraque porque George W. Bush ouve vozes na cabeça?
P: Sim! Finalmente percebes como o mundo funciona. Agora fecha os olhos, aconchega-te e dorme. Boa noite.
F: Boa noite, paizinho.


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NOVA COLABORADORA - I

A nossa nova colaboradora chama-se Isa e é brasileira. Enquanto não resolve os problemas com o seu registo no "ACUSO!", serei eu a colocar os artigos que me enviar.

Cá vai o primeiro:

O LOUCO

Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas - as sete máscaras que eu havia confeccionado em sete vidas - e corri sem máscaras pelas ruas cheias de gente, gritando: "Ladrões, ladrões, malditos ladrões!"
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: "É um louco!"
Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez o sol beijou minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras.
E, como num transe, gritei: "Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!"
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

GIBRAN KHALIL GIBRAN

colocado por Isa


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sábado, setembro 27, 2003

O PONTO DA SITUAÇÃO

O “ACUSO!” começou a ser publicado no passado dia 24 de Junho, ainda hesitante e a apalpar terreno. Seguiu-se um período de interregno que coincidiu com as férias do promotor (passadas em solo pátrio que isto da crise é para todos), entretanto alargou o seu número de membros (somos actualmente quatro, mas pretende-se que no futuro sejamos mais).

Não é um blog partidário (com exepção de um membro, cuja filiação no BE é evidente, nenhum dos restantes membros, incluindo o promotor do "ACUSO!" têm qualquer filiação partidária), mas também não é apolítico, os seus membros, presentes e futuros, movem-se na área da esquerda, mas têm opções e, sobretudo, opiniões diversificadas. Não é um blog fechado e não há censura, cada membro escreve o que lhe apetece dentro dos princípios do respeito e da tolerância, mas não abdicam das suas posições.

Não pretende reduzir o espaço de debate de ideias a este fantástico mundo da internet, mas pelo contrário acrescentar mais um sítio onde essa discussão se torne possível. Não pretende ser uma feira de vaidades mas sim permitir o encontro de ideias e troca de pontos de vista.

A responsabilidade dos artigos publicados é pessoal, por isso cada membro disponibiliza o seu e-mail para que as suas ideias possam ser debatidas e comentadas por quem quiser, cabe a cada um aceitar ou não a polémica com os leitores.

Os princípios do “ACUSO!” são totalmente livres e independentes e os seus artigos só vinculam a opinião do seu autor. No “ACUSO!” não há censura!

O documento que deve estar sempre presente na mente dos seus membros é simplesmente “A Declaração Universal dos Direitos do Homem”, aprovada e adoptada pela Assembleia-geral das Nações Unidas na sua resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948. Por isso defenderemos intransigentemente os valores da liberdade e igualdade no respeito pelas diferenças.

Não pretendemos um blog “humanesco”, no sentido de animalesco, mas sim humanista, mas sem carga intelectualóide ou pretensiosa erudição.

No “ACUSO!” todos os assuntos podem ser tratados. Desde a política ao desporto, da economia à sociedade, do nacional ao internacional, passando ainda por outros temas tão diversificados como música, literatura, história, arquitectura, ambiente, artes, humor, etc.

Umas vezes será doce e intimista, outras agressivo e radical, outras ainda humorístico, mas nunca conformado.

Já sabem com o que podem contar da nossa parte, esperamos que continuem a visitar este nosso/vosso espaço de debate.


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AINDA SOBRE O ARTIGO DE JPP NO ABRUPTO INTITULADO: O ESTADO PROVIDÊNCIA VISTO PELOS "DE BAIXO".

Se é um facto que aplaudi o referido artigo de JPP, também é verdade que ficou implícita alguma crítica.

É o que irei tentar esclarecer.

Quando afirmo que a delacção não é solução pretendo chamar a atenção para que a justiça fiscal não se obtém com manobras delactórias, mas sim com acção. Acção dos Governos que têm obrigação e dever de promover a justiça fiscal e social, ora esta acção não tem existido.

Se antes do 25 de Abril a fuga aos impostos poderia ser encarada como mais uma tentativa de lutar contra a ditadura, no pós 25 de Abril já não existe essa justificação e, por isso, os Governos da 2ª República, repito, os Governos da 2ª República tinham (têm) a obrigação de agir para combater a fraude e evasão fiscal, os lobbies e a economia paralela.

JPP como figura responsável e militante destacado de um do principal partido que sustenta a actual coligação governativa e que, em outras ocasiões, já governou o país em regime de maioria absoluta, não pode limitar-se a constatar o facto e congratular-se com a situação que descreve. A ele e ao seu partido exige-se que tome (ou até que já tivesse tomado) a iniciativa de promover a tam falada e ambicionada reforma fiscal. De outra forma ficamos por mais um paleativo para entreter os icautos e proporcionar figuras de estilo aos "profissionais" da política.

A reforma fiscal é tão urgente e tão fundamental que não pode ser obra de um só partido e, por isso, deve trabalhar-se (e rapidamente) para um amplo consenso nesta matéria, pois já foi perdido demasiado tempo.

Com a honestidade intelectual que lhe reconheço, espero que JPP se torne num paladido da luta contra a fraude e evasão fiscal, dentro e fora do seu partido e deixe simplesmente de mandar uma "bocas", o Governo é dele e por isso não pode andar aqui só a divertir-se, pois tem obrigações, o senhor é deputado europeu e figura de proa do PSD, por isso é curial que aja em conformidade com as suas responsabilidades.


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ACUSO OS GOVERNOS DE GUTERRES DE FALTA DE CORAGEM POLÍTICA

Pois, estas e outras injustiças continuam a acontecer porque no passado o governo PS liderado por António Guterres, resolveu trair a pequena revolução que tinha negociado com o Bloco de Esquerda, a Reforma Fiscal. Ao não ter coragem para seguir em frente com a reforma fiscal e ao não aceitar a aplicação de um imposto sobre as grandes fortunas, o PS permitiu que este estado de coisas se mantivesse.
Felizmente, que aos poucos as pessoas abrem os olhos e não será por acaso que na sondagem publicada hoje no DN, o Bloco de Esquerda aparece como a terceira força política nacional com 6,2% dos votos. Tudo o mais, depende de nós próprios. A quem tenta trair a revolução, opomos a revolução permanente, mundial, pois claro, pois sempre fomos a favor da globalização, mas não desta que vivemos.


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sexta-feira, setembro 26, 2003

APLAUDO O ARTIGO DE JPP NO ABRUPTO INTITULADO: O ESTADO PROVIDÊNCIA VISTO PELOS "DE BAIXO".

O que afirma no seu artigo é facilmente verificável nas localidades mais pequenas, nas maiores não é tanto assim. Como deve calcular o problema dos subsídios escolares é um assunto com que lido praticamente todos os dias, directa ou indirectamente. É simplesmente revoltante saber que existe tanta gente com carências e verificar que o aluno X ou a aluna Y têm subsídio de escalão A, mas aperecem todos os dias com nova roupinha de marca, andam cobertos de ouro e os papás ou mamãs vão buscá-los à escola em popós ou motos de grande cilindrada e de último modelo.

Para verificação de rendimentos do agregado familiar as escolas a única coisa que têm é a declaração de IRS onde, segundo os declarantes, coitados, nem dinheiro têm para viver num barraco, quanto mais numa casa com piscina.

São estas injustiças (e outras) do sistema fiscal que urge resolver, contudo não acho que a delacção seja a solução.


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Quem acuso? Não acuso ninguém ou se calhar acuso-me a mim próprio.

Costuma dizer-se que quando a culpa é de todos, então não é de ninguém. Boa desculpa esta!

Hoje vou contar-vos uma pequena história.

Já lá vão uns anitos, estava então em princí­pio de carreira, cheio de vontade de fazer coisas novas e de contribuir para a revoluçãop mundial. Se o primeiro desejo se mantêm ainda vivo, já não posso dizer o mesmo em relação ao segundo, pois já não acredito que a revolução, no estreito significado da palavra seja fruto de uma geração e, só por coincidência, faremos parte dessa revolução. O que quero dizer é que tenho consciência de que não fui parte integrante de nenhuma revolução, mas de que participei em diversas mutações da Humanidade que irão conduzir inevitavelmente à  grande Revolução que abrirá novos horizontes para este planeta perdido. Mas deixemo-nos de filosofias baratas.

Retomemos o fio à  meada. Espantado com os erros que eram dados pelos meus alunos comecei a recolhê-los, os quais comentados entre amigos, proporcionaram algumas noites de gande galhofa. Eis senão quando, de visita a uma livraria dou de caras com, não sei se em 1ª ou 2ª edição, um livro intitulado "História de Portugal em Disparates", de Luí­s de Mascarenhas Gaivão.

Ora cá­ estava mais uma prova de que Deus não existia, então eu já tinha plantado uma árvore, já tinha feito um filho e agora que estava prestes a escrever um livro acontecia-me isto? Não, se dúvidas existissem tinham ficado totalmente dissipadas. Deus não existia! Deus não existe!

A vontade de continuar a recolher estes textos foi esmorecendo, a rapidez necessária para corrigir os testes cada vez dificultavam mais essa tarefa e, durante alguns anos, abandonei aquele propósito.

A constante mudança de localidade onde dava aulas, de norte para sul e de sul para norte ou do interior para o litoral e vice-versa fizeram com essas primeiras recolhas se perdessem.

Acerca de uns seis anos retomei, estão, esta árdua tarefa, nem sempre com a regularidade desejada, mas sempre fui fazendo algumas recolhas.

São estas recolhas que vos disponibilizo no link abaixo indicado, cuja nota prévia vos esclarece do modo como foram/são compilados os dados.

Para vosso e meu divertimento, mas sobretudo para nossa reflexão, aqui vos deixo a minha, isto é, deles, HISTÓRIA EM DISPARATES


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quinta-feira, setembro 25, 2003

CLÃ E NOSFERATU

Os Clã fizeram uma brilhante banda sonora do filme "Nosferatu" de Murnau que apresentaram já no Rivoli, Santa Maria da Feira, Covilhã, Torres Vedras e recentemente em Lisboa.
A banda pretende agora editar o seu trabalho juntamente com o filme em DVD. Para tal precisam de autorização do Instituto Murnau, sendo já certo que a EMI-VC mostrou interesse em editar.
Nesse sentido convido-te a assinar a petição que se encontra em:

http://www.petitiononline.com/cla2409/petition.html


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quarta-feira, setembro 24, 2003

EU, TU E O NOSSO BLOG

Com a devida vénia ao Luís Afonso e um muito obrigado por autorizar a publicação deste cartune.



Publicado no Público de 8 de Setembro de 2003.


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domingo, setembro 14, 2003

Ainda a propósito do frente-a-frente entre José Pacheco Pereira e Mário Soares no SIC Notícias em 11 de Setembro de 2003.

Um dos assuntos debatidos neste debate foi o do bem versus mal.

Claro que nos casos concretos todos sabemos onde está o bem e o mal e, no caso concreto do World Trade Center, estou completemente de acordo com ambos. Discordo sim é na tentativa de extrapolar um caso concreto para o todo, como fez, penso JPP, de facto a questão do bem e do mal é muito mais complexa para podermos dizer taxativamente aqui está o bem e ali o mal.

Se não fosse assim quem poderia dizer onde está o bem e o mal no conflito Israelo-Palestiniano? Eu, evidentemente, tenho a minha opinião, mas é complicado tê-la quando tantos fazem tanto para fazer desacreditar a razão e as intenções de paz.

Apesar de tudo, mesmo dos atentados, nada é comparável, neste caso ao sofrimento do povo palestino que se viu, e vê, privado dos seus direitos e da sua terra, é perseguido e deportado, tal como o foram os judeus durante a II Guerra Mundial, ou mais cedo quando da sua expulsão da Península Ibérica, primeiro pelos espanhóis e depois pelos portugueses.

O facto de ser perseguido não dá o direito a ninguém de perseguir. Há que saber contornar as organizações terroristas, sejam elas fundamentalistas religiosos ou políticos, organizações de massas ou o próprio Governo. O resultado de todos estes ódio é a morte e o sofrimento tanto para o povo Palestiniano como para o povo Judeu.


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sexta-feira, setembro 12, 2003

Hoje não me apetece acusar ninguém, mas somente fazer alguns breves comentários.

Li ontem no "Público" dois artigos que me chamaram à  atenção.

Um intitulado "Memorial dos anos felizes" da autoria de Lui­s Sepúlveda, que me levou para os anos da juventude imberbe em que ainda era possí­vel acreditar em construir um Mundo novo e me relembrou as páginas de um livro de Zola intitulado "Trabalho", que li quando tinha os meus 14 anos, e que me fez acreditar que a utopia estava mesmo ali ao alcance de uma mão. Tudo o que é relatado neste excelente artigo me aviva memórias do pós 25 de Abril, tempo em que, e cito, "(...) houve homens que deram tudo pensando que não era o suficiente (...)". Claro que fomos manipulados, claro que se cometeram muitos erros, mas, e cito novamente, "(...) éramos autodidatas na grande tarefa de transformar a sociedade (...)". Parabéns Luis Sepúlveda!

O outro trouxe-me à  triste e vil tristeza, isto é, à realidade do Mundo em que vivemos. Intitula-se "A nova guerra total" e é da autoria de José Pacheco Pereira. Nessa mesma noite estava a ver televisão, não, não estava a ver o "Big Brother", embora este também seja fruto da época. Estava simplesmente a fazer "zapping" na tentativa de encontrar algo que me prendesse a atenção, senão quando na SIC Notí­cias encontro um frente a fente entre Mário Soares e Pacheco Pereira. O programa já devia ir adiantado, mas ainda deu para tirar algumas conclusões. Raramente tenho concordado com as opiniões de um e outro (começo a ficar preocupado com esta mania de não concordar com ninguém, mas continuando com o aparte, a verdade é que também achei alguma graça ao Carlos Carvalhas quando foi buscar as convicções religiosas do Paulo Portas para o criticar em relação ao caso Magiolo Gouveia - então o homem tem tantas pontas por onde pegar e o meu caro só se lembra das suas, dele, convicções religiosas? Eu até sou ateu, mas que diabo isso é do foro í­ntimo de cada um, quanto ao resto é que já não), deixemos os apartes e tentemos retomar o fio à  meada. Dizia então que raramente concordei com as opiniões de ambos (Mário Soares e Pacheco Pereira e já agora para que não restem dúvidas, Carlos Carvalhas e Paulo Portas), mas costou-me ver Mário Soares longe do brilhantismo dialéctico a que nos tinha habituado, e sem capacidade de contrapor um discurso dinâmico a uma pessoa que demonstrou que está muito à  vontade nos órgãos de comunicação social e particularmente na televisão.

Voltando ao artigo e aos argumento utilizados no debate, não pretendo fazer nenhuma aná¡lise exaustiva, mas somente comentar duas ou três questões defendidas por Pacheco Pereira.

As questões são as seguintes: a dicotomia democracia-ditadura, a relação terrorismo-pobreza, quanto às restantes questões levantadas quer no artigo, quer no frente-a-frente dispenso-me de tecer comentários porque estão já a ser amplamente debatidas e portanto penso que não iria acrescentar nada de novo, se é que as minhas opiniões acrescentam algo de novo.

Primeira questão: O debate entre democracia e ditadura, tal como as entedemos hoje, só começou a ser verdadeiramente discutido, como é óbvio, depois da Revolução Francesa, ganha importância a partir do momento em que Mussolini chega ao poder em Itália, mas só com a "Guerra Fria" ganha verdadeira dimensão. É portanto um debate muito recente na História da Humanidade e longe de estar esgotado. Antes da Revolução Francesa todos os regimes ou eram considerados de origem divina, ou oligárquicos, aristocráticos, dinásticos, militares, etc., portanto ditaduras. Até o berço das democracias actuais, a Grécia Clássica estava muito longe de, e passe o anacronismo, ser considerada uma democracia pelos valores actuais. Mas como dizia alguém "a democracia é o melhor sistema, com a excepção de todos os outros", para isso será necessário continuar a aprofundar o debate na tentativa de aperfeiçoarmos a democracia.

Segunda questão: Então, meu caro Pacheco Pereira, a pobreza não é um factor gerador de terrorismo? O colonialismo também não? E argumenta que a prova é que não existe terrorismo em África. Então os milhares ou milhões, sei lá, de africanos que se matam uns aos outros todos os dias não é uma forma de terrorismo? Os milhares ou milhões de africanos, asiáticos ou latinos que rumam à Europa, ou aos EUA, em busca da legítima sobrevivência ou de melhorar as suas duras condições de vida não são ví­timas do terrorismo? E estes que depois são marginalizados nos paí­ses ricos que se juntam a outros deserdados e desempregados não são o terreno fértil para o recrutamento pelos tais ditos intelectuais para serem carne para canhão e levarem a cabo as acções terroristas? Neste ponto não posso estar mais em desacordo consigo. Se o sentimento de revolta do povo alemão contra às imposições do Tratado de Versalhes e a miséria provocada pela crise económica não fossem tão grandes, Hitler nunca passaria de um simples pintor frustrado.

Todos nós temos um determinado percurso, resultado das nossas experiências e vivências e, quer queiramos quer não, somos aquilo que fizermos de nós e, quanto a mim, parece-me que o seu passado estalinista-maoista lhe deixou marcas de alguma rigidez e de auto-convenciento. Um pouco de modéstia e de tolerância não ficam mal a ninguém, muito menos a um homem público. A rigidez não é boa conselheira e afectam gravemente as estruturas que acabam por colapsar mais cedo ou mais tarde, vidé URSS, RPC, Estado Novo, Nazismo, regime Albanês, etc.

Sem querer lá acabei por falar das pontes, é que uma ponte é mais sólida quando a sua estrutura apresenta uma certa maleavilidade, as pontes que sofrem de rigidez estrutural caiem.

Para terminar este artigo que já vai longo e é fruto de uma noite de insónia concluo que não são os lí­deres que fazem os povos, mas sim os povos que fazem os lí­deres, de acordo com o acaso, as circunstâncias e as necessidades, por isso o progresso da Humanidade é feito de avanços, recuos e saltos ou mutações que podem ser reversí­veis ou não. Tudo é relativo e só as mudanças estruturais são eficazes.


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quinta-feira, setembro 11, 2003

Lembrar para não esquecer.

Faz hoje anos que se deu o atentado terrorista às Torres Gémeas em Nova Iorque.
Aproveito para perguntar se hoje o Mundo está mais livre do terrorismo e se a segurança internacional está mais reforçada. Quem souber que responda.

Recordo este dia em 1973 quando se deu o golpe sanguinário de Pinochet o qual, além do assassinato do presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, instituiu uma ditadura feroz no Chile que assassinou e arrastou para o exílio milhares de chilenos durante longos e penosos anos.

Condeno todos os fundamentalismops, sejam eles religiosos, políticos, económicos, sociais ou outros.

A Humanidade se quer sobreviver tem de aprender a viver com respeito e tolerância.

A História não julga. mas os povos não devem, nem podem, esquecer os ditadores sejam eles Hitler, Estaline, Saddam, Salazar, Franco, Pinochet, Idi Amin, Mussolini, Mao Tsé Tung, Fidel Castro ou outros, a lista é enorme, mas alista daqueles que lutam e dão a cara, e a vida, para combater as prepotências é milhões de vezes mais extensa. É necessário acordar e estar atento a todos os potênciais ditadores e sobretudo em relação àqueles que se encontram camuflados.

Deixo aqui o endereço de um site que merece consulta regular http://www.reseauvoltaire.net/


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Acuso o IEP e o Ministro da tutela de negligência!

A propósito da queda do viaduto pedonal na IC 19 (Lisboa-Sintra).
É inadmissível que alguém seja advogado em causa própria. É imcompreensível que um relatório oficial conclua que era impossível determinar que havia risco na estrutura em causa sem ela ter caído. Então, por absurdo, deixem de fazer vistorias, porque depois as pontes, viadutos e outras estruturas colapsam e finalmente poderemos saber porque caíram.
Um Governo que não é capaz de zelar pelo bem estar dos respectivos cidadãos, que se desresponsabiliza da sua responsabilidade, não merece ser Governo.
Apetece-me dizer o mesmo que, já lá vão algumas décadas, disse um cartonista a propósito da visita de Salazar à ponde da Arrábida no Porto: "Podia empurré-lo". Esse simples cartoon trouxe muitos problemas ao cartonista e ao jornal que o publicou, porque se vivia em ditadura e consequentemente havia censura à imprensa. Então e agora?
Será que andamos todos como a "justiça"? Cegos, surdos e mudos?
Descansem os que estão preocupados. Amanhã continua o "Big Brother", o caso de pedofilia e o julgamento da Moderna. Tudo está em ordem porque a culpa é mais uma vez do "défice".
Não se pede que se esbanje dinheiro o que se exige é que se gaste com critério e não se poupe no que é essencial.


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segunda-feira, setembro 08, 2003

Acuso os países membros do Concelho de Segurança da ONU com direito de veto de pretenderem manter privilégios para os quais não há qualquer justificação!

O Mundo mudou, mas algums pretendem manter certas mordomias.
Só um novo figurino para o Concelho de Segurança da ONU permitirá que os países que o compõem façam as suas opções responsavelmente sem se escudarem nas opções de outros. Também só dessa forma poderemos exigir responsabilidades pelos actos livremente praticados por todos.
Quanto maior for a responsabilidade de cada um, maior será o seu grau de responsabilização.


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Acuso os portugueses de passividade!

Perante a situação que se vive a nível nacional e internacional o que fazem os portugueses?
Exercem o seu direito de cidadania? Não! Assistem alegremente ao "Big Brother", esquecendo-se, ou nem se apercebendo, que o verdadeiro "Big Brother" há muito tempo controla as suas mentes. Porque será?
Mas será que são só os portugueses?...


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Acuso o Sr. Bush de hipocrisia!

De que outra forma se pode definir a atitude de George W. Bush de exigir que a comunidade internacional desempenhe um papel mais activo na ocupação do Iraque, quando anteriormente o Sr. Bush decidiu a ocupação daquele país, baseado em falsidades (excepto a de que o Sr. Saddam era um ditador, para aliviar as consciências de alguns senhores bem pensantes), ignorando completamente a opinião pública e o direito internacional.
Será porque as coisas agora não estão a correr tão bem? Será porque a factura a pagar é agora demasiado elevada? O tempo se encarregará de fazer as suas revelações.


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Acuso o Governo Português de esbanjar dinheiro!

É o que de facto acontece com o envio simbólico de tripas portuguesas para o Iraque.
Quando um partido, e particularmente Paulo Porta, quando na oposição tanto defendeu o aumento de segurança à custa de do reforço dos respectivos orçamentos, o que verificamos quando a situação se alterou, isto é, passaram a ser Governo, as polícias e a GNR continuam sem meios orçamentais e logísticos para cumprir cabalmente a sua função no país – a segurança do cidadão.
São ridículas as notías de que nas maiores cidades não existem carros patrulhas suficientes ou de que a GNR não tem dinheiro para o gasóleo dos seus "jeeps".
Se querem enviar um apoio simbólico então mandem uma medalha ou, melhor ainda, o Dr. Paulo Portas para Ministro da Propaganda do dito Governo Iraquiano. De certeza que ficavamos a ganhar. Os Iraquianos é que ficavam a perder, logo seria a melhor maneira de ajudar o amigo americano.


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